quarta-feira, 20 de abril de 2005

Pandit G, do asian dub fundation


Revolutas No 14 – Abril de 2005

ASIAN DUB FOUNDATION tem produzido música política por mais de uma década - influenciada por estilos que vão do reggae à bhangra, do drum’n’ bass ao punk. Pandit G, membro do grupo, fala sobre o novo álbum, Tank.

Tank segue a linha de Enemy of the Enemy. É um pouco mais melódico, mas retoma algumas influências iniciais - como o drum ‘n’ bass.

Contamos com grandes músicos como Ghetto Priest - um brilhante cantor de reggae, e Lord Kimo. Ele participa de algumas faixas no álbum, como “Round up”, uma música sobre jovens paquistaneses que são levados pela polícia. É o nosso comentário sobre tudo que está sendo feito em nome da “guerra contra o terror”.

Algumas faixas são baseadas nas nossas experiências no Brasil. “Power Lines” é sobre os índios Krikati no Brasil, que cortaram os cabos de energia elétrica que passavam em suas terras, forçando o governo a negociar. Já “19 Rebelions” fala das rebeliões coordenadas em 19 prisões brasileiras. E “Oil” é simplesmente sobre a política do petróleo. As guerras no Iraque, Afeganistão e mesmo nos Bálcãs, todas elas foram guerras pela posse de recursos.

Nossa meta sempre foi causar debate. Queremos ser experimentais, mas também acessíveis. Existe uma nova geração de artistas aparecendo. Para mim existe ainda muito mais. Mas se será tocado, é outra questão. As gravadoras ainda dão as cartas.

Estamos envolvidos em muitas coisas As pessoas adoraram a trilha sonora que fizemos para o filme “A Batalha de Argel”. Gostaríamos de fazer este tipo de trabalho novamente. Esperamos ir a Marrocos, para nos encontrarmos com músicos árabes e do norte da África.

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